Esse é um blog destinado a contar minhas experiências no Velho Continente, postar fotos, contar minha impressão sobre os lugares, e, principalmente, matar as saudades que terei de todos vocês.
Acho que ainda não contei isso aqui, mas comprei minha passagem para Paris. Vou de trem pela Eurostar no dia 23/03 (sexta-feira) e volto dia 25/03 (domingo), uma semana antes de voltar pro Brasil.
A passagem ida e volta custou 108 euros (aproximadamente R$270,00). Ainda não reservei lugar para ficar, portanto, se alguém tiver alguma dica de lugares bons e baratos, por favor me avise.
Ontem, comprei o ingresso para assistir uma partida do Chelsea. Vou no dia 25/02. Acho que será muito louco e, aliás, tem que ser porque paguei £53 para assistir uma partida de um time que não é tão grande quanto o Corinthians. Caro pra cacete e ainda vou ficar atrás do gol. Mas, não dá pra voltar de Londres sem ter assistido um jogo de futebol.
Falando de ontem e de futebol, fui visitar o estádio do Arsenal que fica perto aqui de casa. O estádio é bem legal e parece bem moderno, quer dizer, não tão moderno quanto o Santiago Bernaleste (que está sendo construído em Itaquera), mas bem moderno.
Depois da visita ao estádio, fui a uma "festa" no Vitoria & Albert Museum. Explico melhor:
Londres é tão cosmopolita e badalada, que vc pode tomar um café da manhã num café italiano, almoçar num restaurante indiano, ir a um PUB inglês, jantar em um restaurante nigeriano e terminar a noite numa festa brasileira num museu. É muito louco isso.
O Vitoria & Albert Museum é o maior museu de design do mundo, que compreende 3 mil anos de história em objetos dos mais variados tipos: Pinturas, gravuras, acessórios de moda, roupas, joias e fotografias.
Na última sexta-feira do mês, o V&A faz um evento chamado Friday Late. No Friday Late o museu abre em horário alternativo, de 18:30h às 22h, tem serviço de bar, DJ, performances e atividades relacionadas a alguma exposição temporária do museu, como debates e instalações feitas especialmente para a ocasião.
Nessa sexta-feira, o museu abriu uma exposição sobre o Brasil. Tinha painéis sobre o carnaval, sobre a arte brasileira, oficinas de músicas, bem legal.
Durante a exposição, no salão central, houve uma legítima festa brasileira com apresentação de um bloco de escola de samba no meio do salão regada a cerveja e caipirinha, tudo isso dentro do salão principal do museu ao lado das obras de arte, loucura!
Além da escola de samba, teve apresentação de pseudo "músicas brasileiras" como aquela do "Ai se eu te pego", que é um baita sucesso por aqui, além de funk carioca e uns pagodes bem meia boca. Em que pese a qualidade da música, os gringos ficam loucos com a nossa cultura, os caras adoram o Brasil, é impressionante.
Primeiro gostaria de agradecer aqueles que deixaram os comentários no post anterior. Todas as sugestões foram muito úteis e me ajudaram a decidir.
Vou mesmo ficar com os Harper.
Com certeza não é a atitude mais econômica no momento, e, com certeza, essa decisão vai diminuir as viagens que poderia fazer pela Europa, mas, para decidir pensei no objetivo da viagem.
Decidi fazer intercâmbio tendo como primeiro objetivo a oportunidade de melhorar o inglês. É claro que as viagens são legais e trazem experiências inesquecíveis, mas o meu foco é o aprendizado da língua.
E por esse aspecto, o melhor a fazer é ficar aqui com os Harper. Até poderia ter procurado uma casa com não brasileiros, mas, mesmo assim seria diferente porque não da pra garantir que esse pessoal va falar um inglês de qualidade com vc e, principalmente, que vão poder te corrigir quando vc falar errado.
Assim, pensando no aprendizado, decidi ficar com os Harper.
A parte boa, foi que conversei com o Doug e consegui um desconto de quase 1 semana. Não foi um grande desconto, mas ja ajudou bastante.
Enfim, é isso.
Resolvido esse problema, posso relaxar e me concentrar nos estudos e no que ainda posso fazer com o resto do orçamento que me sobrou.
Estando para completar 1 mês em Londres, estou a procura de novo lugar para morar. E diferentemente do que muitos dizem, a procura não é tão fácil.
Minha estada aqui na casa dos Harpers termina na próxima segunda-feira, então estou meio em cima da hora para procurar lugares e, acreditem, estou muito na dúvida do que fazer, pois, o que eu queria mesmo era permanecer aqui na casa, explico o porquê:
Aqui eu tenho um bom quarto, sossego, moro com um italiano, um escocês e uma senhora da República Tcheca, todos muito gente boa e falando um inglês de alto nível. Tenho café da manhã e jantar de boa qualidade (não tão bons quanto no Brasil, mas isso é impossível). Tenho roupa lavada, quarto limpo e arrumado todos os dias. Moro na Zona 2 de Londres e tenho acesso fácil a vários meios de transportes aqui (trem, ônibus e metrô). E o mais importante, tenho 2,5 horas diárias de conversação com o pessoal da casa, o que ajuda muito a melhorar meu inglês.
Bom, contei a parte boa, agora vem a parte ruim. Por todas essas "regalias" eles me cobram £220 por semana, o que, acreditem, é muito dinheiro. Isso dá aproximadamente R$660,00.
Se quiser reduzir custos, a solução é sair daqui e ir morar sozinho, mas está bem difícil arranjar lugares razoáveis e por um preço acessível.
Um single room na Zona 2 de Londres está na faixa de £110 a £130 por semana (R$330 a R$390), sem refeição, sem roupa lavada e podendo morar numa casa com pessoas de todo o tipo.
Existe duas maneiras de procurar casas aqui em Londres, uma é pelo site gumtree.com, que é um classificados daqui a outra é morando com brasileiros. As duas "soluções" encontram vantagens e desvantagens. Morando com brasileiros a vida é mais tranquila, mas o inglês fica prejudicado, ja, morando com pessoas de todo o mundo, vc esta sujeito a qualquer tipo de desavença e de situações inusitadas.
Voltando aos custos, um quarto na Zona 2, com comida (café da manhã e jantar) sairia por cerca de £160 por semana, ou R$480,00. Isso significaria uma economia de R$180,00 por semana ou R$1.620,00, dinheiro esse que eu poderia gastar viajando pela Europa. Ficando na casa dos Harpers, de acordo com o meu orçamento, bye bye novas viagens e vou passar esses 2 meses bem apertado aqui.
Decisão difícil não?!
Amanhã começo a visitar algumas casas e vamos ver o que encontro. O que vcs pensam? Por favor, deixem seus comentários, preciso de opiniões.
Como vocês sabem, esse fim de semana fui até a Escócia para conhecer Edimburgo, a capital escocesa.
Embarquei em Londres na sexta-feira a noite (as 23:00) Victoria Coach Station (é engraçado como em inglês uma palavra pode significar várias coisas tão diferentes – coach significa técnico (de futebol, vôlei, etc) e significa, também, ônibus de viagem).
Na fila do embarque conheci o Cristian, um colombiano bem gente boa que estava indo para Edimburgo passear e ficaria apenas no sábado. Ficamos amigos e combinamos de passar o sábado juntos (eu seu, eu sei, essa frase ficou muito gay, mas não consegui escrever de outra forma).
Enfim, tinha resolvido ir de ônibus para aproveitar melhor o tempo em Edimburgo (chegaria bem cedo) e porque também é mais barato. Arrependi-me amargamente.
O ônibus que fez o trajeto Londres-Edimburgo era um lixo. Eu quase não cabia no assento, a inclinação era de no máximo 5º, não tinha espaço suficiente entre as poltronas, o corredor é minúsculo, etc. Sério gente, uma bosta. Viajei 8,5 horas num pulgueiro e cheguei a Edimburgo as 7h35 quebrado.
Mesmo quebrado, tomei café da manhã no Mcdonalds e comecei o itinerário para conhecer a capital escocesa.
A primeira coisa que chama a atenção é o frio. PQP que frio!!! Edimburgo tem em média 1 a 2º a menos do que Londres, mas não é esse o ponto. O problema é que devido ao relevo montanhoso da cidade, venta muito, o que faz a sensação térmica despencar. Mesmo com segunda pele, camiseta de manga comprida, blusa de moletom, casaco, cachecol e luva, senti muito frio!
Fora o frio, a cidade é maravilhosa. Acho que o adjetivo que melhor descreve a cidade é: charmosa (gay, de novo!). A cidade tem um clima medieval, causado pelo ambiente que os edifícios bem antigos e o som da gaita de fole, que esta sempre tocando em algum lugar, propicia. A cidade é repleta de ruazinhas de paralelepípedos e construções bem antigas que são anteriores ao século 15.
A cidade é bem montanhosa, então você cansa de subir e descer ladeira para conhecer as principais atrações turísticas de Edimburgo. A sorte é que a cidade é muito pequena, tem cerca de 500 mil habitantes, então, para conhecer tudo você percorre umas 6 avenidas que interligadas cruzam todo o centro do lugar. A principal rua é a Princes St, que divide a cidade em Old Town e New Town.
O povo escocês é muito amistoso, mais gente boa do que os ingleses, estão sempre com um sorriso no rosto, fazem festa, são simpáticos, enfim, bem legal.
Mas o inglês...
Cara, não da pra entender quase nada....rs Muito diferente de Londres. Eles falam completamente estranho, é muito engraçado.
No sábado, visitei a maioria dos pontos turísticos. Comecei pelo
Castelo de Edimburgo
O castelo é gigantesco e muito bonito. É, sem dúvida, o cartão postal da cidade. Foi esse castelo que serviu de morada e fortaleza para a realeza escocesa durante 9 séculos. Lá também ficavam prisioneiros de guerra e prisioneiros militares condenados por deserção ou por beber em serviço.
Hoje, além de servir ao turismo, o castelo abriga as joias da coroa e o museu de guerra escocês.
Depois do castelo, percorri a pé a:
Royal Mile
A Royal Mile é a principal Rua da parte antiga da cidade (Old Town) e tem esse nome porque possui exatamente 1 milha (1,6km) ligando o Castelo ao Palácio de Holyroodhouse que é a atual residência da rainha Elizabeth quando ela está na Escócia. Nessa rua se pode ver inúmeras casas históricas convertidas em lojas, pubs e alguns pequenos museus.
Também na Royal Mile estão a antiga Casa do Parlamento, a Catedral de St. Giles, o museu The People’s Story, entre outros lugares bem antigos e legais de se ver.
Depois de andar bastante nessa avenida, fui conhecer um lugar chamado
Calton Hill
É um parque que fica num lugar bem alto da cidade e que te obriga a tirar várias fotos de toda a Edimburgo. Bem bonito.
Depois disso fui até o Parlamento escocês onde conheci o prédio que é bem moderno e contrasta com o ambiente antigo da cidade.
Após o parlamento fui até o National Museum of Scotland que, embora muito menor do que o de Londres, abriga coisas bem legais, como por exemplo, múmias e uma coleção de moedas antigas bem legal.
Depois disso, terminei o dia num lugar chamado
The Scoth Whisky Experience
Nesse lugar, por £12 você participa de um tour que explica como é fabricado o tradicional whisky escocês. Depois do tour você é convidado a participar de uma degustação com os principais tipos fabricados na Escócia. É passeio obrigatório mesmo para quem, assim como eu, não gosta de whisky.
Depois desse passeio, Cristian e eu fomos a um PUB onde ficamos até umas 21:00 bebendo e praticando inglês.
Fiquei hospedado num Hostel chamado Edinburgh Backpackers que é OK. Nada demais, mas pelo menos era limpo.
No domingo fui fazer um tour grátis pela cidade. O tour passeou por vários lugares bem bacanas e durou praticamente o dia inteiro. Depois do tour, fui almoçar e comprar bugigangas até dar a hora do retorno.
Voltei para Londres de trem, esse sim bem bacana, com direito a internet e carregador de celulares e notebook, além de poltronas confortáveis. O trem partiu de Edimburgo as 18:30 e chegou em Londres as 23:00.
Aprendi que não dá pra descrever uma cidade. Você precisa ver para entender o seu significado e o quão um lugar é ou não bonito e especial. Assim, não vou ficar falando muito do que é Edimburgo, mas vou deixar para vocês um vídeo que preparei da cidade enquanto voltava para Londres:
Andei sumido por causa da correria das aulas e da necessidade crescente de conhecer a cidade.
Nessa semana continuo tendo aulas e desbravando a cidade.
Sobre as aulas, estou achando a escola bem bagunçada e pra falar a verdade to meio puto com algumas coisas, em especial com as aulas de "conversação" que ocorrem no período da tarde.
Isso porque, o que era pra ser conversação, é na verdade um "listening" em que o professor fala e os alunos escutam. Como na sala só tem adolescente, o pessoal não reclama, mas, eu ja decidi que se continuar assim, vou dar uma bela reclamada com o Diretor.
Os professores até que são bons, mas sinto falta do método que tinha no Cellep. Aqui, os professores te ensinam sem seguir um livro e sem ter muita experiência em metodologia. A impressão que dá é que eles pegam nativos na língua e põe pra ensinar os alunos, sem que haja um método ou programa de aulas previamente definidos.
Isso não quer dizer que não estou aprendendo. Muito pelo contrário, estou aprendendo bastante e as aulas tem corrido bem (principalmente na parte da manhã), mas eu tenho a impressão de que poderia estar rendendo mais.
Bom, aulas a parte, a estada na cidade continua sendo maravilhosa.
Na segunda-feira após a aula, dei uma passada no Big Ben. Ja havia estado lá antes, mas resolvi revisitar porque estava no meu caminho.
O grande Ben e o grande Cleber
Após isso, fui andando pelas margens do Rio Tâmisa por cerca de uns 20 minutos até chegar no museu de arte moderna daqui de Londres chamado Tate Modern Museum. Como não entendo patavinas de arte (ainda que ela seja moderna) achei o museu uma bosta. Mas devo estar falando algum tipo de heresia para os adoradores de arte.
Tate Modern
Depois da visita ao Tate Modern voltei pra casa porque tinha homework a fazer.
Na terça feira, após a aula, conheci uns argentinos e uma brasileira e eles decidiram me acompanhar em minha andança.
Passeamos por um bairro chamado Covent Garden que é um lugar extremamente britânico e não muito turístico. Isso é bem legal porque além de vc poder observar o jeito Britsh de ser, você pode desfrutar de coisas não tão caras em lugares bem legais.
Depois de gastar os sapatos andando por Covent Garden, fui conhecer a igreja de Saint Paul, onde casaram-se Charles e Diana. A igreja é maravilhosa por dentro (pena que não se pode tirar fotos) e, particularmente, achei mais bonita do que a Westminster Abbey.
A cúpula da igreja é a segunda maior do mundo, ficando atras apenas da Catedral de São Pedro no Vaticano.
Pra terminar o dia, fui a um passeio da escola em um PUB. Foi bem legal porque foram poucos alunos e deu pra conversar bastante e treinar a língua. Lá estavam além de mim: dois brasileiros, uma turca, um sul coreano, um cara do Qatar e um mexicano. Descobri que a galera de fora não sabe beber aqui. O único bom de copo foi o mexicano, o resto é tudo mirim.
Hoje, fui a um outro museu chamado "Imperial War Museum". Muito legal!
O museu conta a história das guerras em que os ingleses estiveram envolvidos, com bastante destaque para a primeira e, principalmente, para a segunda guerra mundial. Como adoro esse tema, o museu foi, para mim, algo especial.
O museu tem peças fantásticas como por exemplo, um foguete V2 de 14,3m de altura, capturado dos alemães igual ao que foi lançado sob Londres em 1942 devastando a cidade, um quadro de Hitler aprendido e um exemplar do livro My Kampf escrito por Hitler em que prega ideais anti-semitas. O museu é realmente fantástico.
E foi isso.
A cerveja de hoje
No PUB experimentei uma cerveja camada Samuel Smith. É uma cerveja inglesa artesanal. Tomei as do tipo Larger e Ale. É muito gostosa e suave, apesar do teor alcóolico de 5%, ela lembra as nossas cervejas no Brasil. Custou £3,60, até agora o melhor custo benefício.
Estava bem cansado da primeira semana de aula, não sei se só por causa da correria ou se também por algum resquício do fuso horário. Sei lá. Fato é que usei esses dois dias pra acordar tarde e passear pouco, pode parecer perda de tempo mas eu estava precisando.
Aqui fez muito frio esse FDS, com temperaturas que variaram de 0 a 3ºC, então foi bem complicado. Os carros ficaram assim:
No sábado aproveitei um voucher enviado pela amiga Carol e fui a um shopping center daqui com o amigo italiano. O shopping chama Westfield e é bem legal, mas nada diferente de um shopping do Brasil. O voucher dava direito a dois ingressos de cinema e um almoço de graça por £20.
Assisti o novo filme do Sherlock Holmes que aliás é bem legal, mas foi bem difícil de entender algumas partes (acho que meu inglês não está tão bom assim).
No domingo (hoje) acordei quase 11:00 e depois do café da manhã fui ao Science Museum o qual achei que seria tão bom quanto o museu de história natural que fui na sexta-feira. Ledo engano.
O museu de ciência é legal, mas para crianças. Não tem tanta coisa show e fiquei la pouco tempo, pois, realmente não achei tão interessante.
Voltando pra casa, convidei o italiano e o Doug para ir a um PUB, eles toparam e la fomos nós. Foi bem divertido, bebemos cada um três pints e ficamos bem animados. Quer dizer, o Doug como bom escocês nem sentiu os pints, eu fiquei alegrinho e o italiano completamente bêbado....hahahaha, muito show. O cara veio tropicando no meio da rua.
O Doug é a cara do Sean Connery.
Depois do PUB viemos pra casa, jantamos e termino a noite escrevendo no blog.
A cerveja de hoje
Hoje experimentei uma cerveja camada Beck's (calma foi só a cerveja). É uma cerveja alemã do tipo Pilsen e muito gostosa. Como toda Pilsen lembra bem as nossas cervejas, dourada e com um colarinho bem branquinho. É uma cerveja fabricada pela Imbev e bem saborosa, é uma pena que não é vendida em larga escala no Brasil. Custou £3,70.
No final de semana que vem vou conhecer a Escócia. Comprei passagens para Edimburgo, viajo na sexta-feira a noite de ônibus noturno (serão 8 horas de viagem) e chego na cidade as 7:00 da manhã. Passarei o sábado e o domingo, voltando para Londres a noite de trem (4,5 horas).
Escolhi viajar de ônibus na ida porque, além de gastar menos, posso dormir durante a noite no próprio ônibus e chegar bem cedo na cidade no sábado. Se fosse de trem, teria que sair de Londres no sábado cedo e chegaria em Edimburgo só as 12:00, além de gastar mais.
A viagem de ônibus + trem + hospedagem num hostel de Edimburgo sairá por £105 (cerca de R$300,00).
De volta ao dia de hoje.
Após a escola fui ao Natural History Museumque é muito mais do que um museu, é uma das coisas mais bonitas que eu ja vi.
De verdade, eu nunca curti muito museus e estando aqui em Londres me arrependo amargamente de não conhecer bem os museus de São Paulo (eu devo ter ido uma vez no Masp, uma vez na Pinacoteca e uma vez no MAM). Não os conheço bem, mas posso apostar que não há como comparar ao que eu vi hoje.
Começando pelo prédio, que é algo magnífico tanto por fora quanto por dentro, o Museu de História Natural daqui só pode ser descrito como algo emocionante. É emocionante porque vc vê coisas bárbaras e percebe que um lugar como esse é não só uma simples exposição, é mais, é muito mais, é um legado para a humanidade.
Estando lá você entende porque os britânicos não cobram entrada para a visitação de seus museus. A meu ver eles fazem isso porque querem dar oportunidade a todos de ver o quão bela as coisas podem ser.
Vejam o prédio do museu:
Por dentro desse maravilhoso prédio, existem exposições sobre dinossauros, plantas, ecosistemas, corpo humano, enfim, tudo o que de alguma forma é ligado à natureza. Mas não é uma exposição qualquer, é algo extremamente organizado, algumas vezes até hi-tec, como, por exemplo esse dinossauro que eu gravei aí embaixo:
É um robô gigantesco, do tamanho do que se supunha ser os dinossauros, que se mexe, faz grunhidos e parece realmente ser real.
Um museu como esse deveria ser obrigatório no Brasil. Quero dizer, nossos governantes deveriam fazer um museu como esse como uma ferramenta de educação.
Por exemplo, nesse museu, encontrei um modelo de mais ou menos 1,5m de circunferência de uma célula humana, cortada de forma que vc possa ver como é dentro de uma célula. Isso é importantíssimo para o aprendizado de uma criança. Se eu tivesse visto um desses quando criança, eu teria tido menos problemas com as malditas mitocôndrias, durante minhas aulas de ciências.
Enfim, a visita ao museu foi grandiosa e valeu muito a pena.
A cerveja de hoje
A cerveja de hoje foi uma cerveja do tipo Ale, muito tradicional por aqui que eles costumam chamar de Real Ale. Existem Real Ale de vários tipos, a que eu tomei hoje tem uma coloração escura e não é servida muito gelada. Pelo que eu pesquisei a temperatura é de 8 a 12º C. É boa, mas não é excelente. Custou £3,80 o pint.
O post esta sendo feito com um dia de atraso porque, por incrível que pareça esta me faltando tempo aqui.
Apesar de eu estar de férias do trabalho, a vida tem sido bem corrida e não tenho tido tempo para escrever do jeito que gostaria.
O dia tem começado cedo, por volta das 7:00 e terminado tarde por volta das 23:59, quando, enfim, termino de fazer minhas coisas.
Ontem, no dia 9, tive uma aula um pouco diferente. Como a única estudante que divide sala comigo faltou, o professor resolveu andar comigo pelas redondezas da escola para conversarmos sobre diversos assuntos em inglês. Foi bem legal.
Andamos pela região da Nova Bond Street, uma região bem cara de Londres, com lojas como Prada, Chanel, Louis Vitton, Ferrari, etc. Por falar em Ferrari, olha o que encontrei estacionado:
Brinquedinho mais ou menos comum em Londres
Tive aula até tarde, depois fui tentar comprar um casaco, passei no PUB pra tomar a do dia, e, por fim, voltei pra casa.
Tenho chegado em casa cedo, aproximadamente 18:30, porque as 19:00 tem o jantar que aqui é tratado como um compromisso. Todos jantam juntos as 19:00 e eu procuro estar aqui no horário porque é super importante para os estudos. Isso porque, o jantar começa as 19:00 e termina as 21:30, portanto, temos 2h30 diária de conversa em inglês com o pessoal da casa, o que para mim esta sendo ótimo.
Depois do jantar falo com a Vanessa e com minha mãe e irmãs, faço meu homework, respondo meus e-mails e escrevo o blog. Resumindo: a vida está corrida demais aqui.
A cerveja de hoje
A cerveja de hoje foi uma chamada 5 am Saint, uma cerveja escocesa do tipo Ale, de cor avermelhada, bem encorpada e forte (teor alcoólico de 5%), gostei bastante do sabor. Custou £4,40 o pint.
A cerveja de hoje foi uma chamada Brooklyn Brewery, uma cerveja artesanal americana do tipo Lager, bem encorpada e forte, ideal para um dia frio como o de hoje. Um pint custou £5 e valeu a pena.
Hoje faz uma semana que cheguei em Londres e ao invés de contar o que fiz durante o dia pensei em fazer um balanço de como estão as coisas.
Vamos por tópicos:
A cidade
Londres é tudo aquilo que vocês falavam aí no Brasil e mais um pouco. É uma cidade linda, cosmopolita, tem de tudo, é ao mesmo tempo tradicional e milenar, enfim, é do cacete.
Mais para frente vou fazer um post comparando Londres com São Paulo. Não vou me atrever a fazer essa post agora pois não acho que conheço Londres tão bem ainda para compará-la com qualquer outro lugar.
A vida aqui
Nessa primeira semana, a vida aqui tem sido muito tranquila. Venho me adaptando bem aos costumes extremamente polido dos ingleses, às comidas, ao jeito de se vestir e de se portar, enfim, tudo anda bem.
No entanto, não são só mil maravilhas. Estudar em um país distante é ao mesmo tempo bom e ruim. Ainda que a cidade seja deslumbrante, não pensem que é fácil ficar longe de tudo o que você mais ama: esposa, família, amigos, corinthians, sofá, e assim por diante. Ao contrário, é bem difícil. Tem dias que vc esta num lugar super legal e pensa: "Putz, é uma pena estar aqui sozinho". E isso é bem ruim.
Tenho muitas saudades do Brasil.
Os Harper
Dei muita sorte em ter caído numa homestay tão legal. Os Harper são muito gente boa, muito cultos, divertidos e realmente são preocupados em agradar seus hóspedes. Eles tem por costume fazer longos jantares (cerca de 1h30) todos os dias e conversar bastante durante as refeições. Isso ajuda muito a melhorar o inglês e eles são realmente muito agradáveis.
Além disso, a casa é ótima, bem grande, no estilo vitoriana, estou num quarto confortável e tenho tudo de que preciso pra viver bem tranquilamente aqui. É uma pena que ao final do mês terei de me mudar.
O inglês
Bom, esse assunto é mais complexo.
Passada uma semana, me sinto melhor em entender o que os nativos dizem, mas não se enganem. Ainda não entendo tudo o que eles falam. É bem difícil. Pra terem uma idéia, apenas a uns 2 dias atrás fui entender que, ao contrário do que eu pensava, a Nora Harper não é inglesa, mas sim checa. Pois é, ela nasceu na República Checa e eles tinham me dito isso no primeiro dia. Só que é bem difícil vc entender que algo que sai com o som de "Dzek epblik" é, na verdade, "Czech Republic".
O acento inglês também é muito diferente daquilo que se ensina ai no Brasil, o que dificulta demais o entendimento quando vc chega aqui e torna complicadíssimo acertar a pronúncia. Por exemplo, diferente do inglês americano, algumas letras tem som de "A". Assim, palavras como PUB e DOUG, LONDON tem o som mais ou menos como: PAB, DAG e LANDON.
No entanto, muito embora tenha encontrado muito dificuldade em me comunicar, o balanço da primeira semana é bem positivo e ja consigo sair de situações complexas falando normalmente, ainda que com muita dificuldade.
O fato de terem me colocado numa classe de upper intermediate também deu uma bela motivada.
Enfim, acho que o balanço é esse. Não sei se esqueci de comentar algum tema, mas acho que é isso.
P.S: Pra não perder o costume hoje depois da aula dei uma passeada por um bairro bem legal chamado Soho que é tão multicultural quanto a própria cidade de Londres. Foi bem legal, mas não vou postar fotos não, to cansado.
P.S2: Achei um PUB (Leia-se PaB) bem legal aqui perto de casa. E vejam só: No bar tem 20 tipos diferentes de cerveja, hoje é dia 11 de janeiro e ficarei aqui nesse bairro até o dia 30. Pois bem, dia 30 menos dia 11 é igual a 20 tipos de cerveja. Coincidência incrível, não?! Só pode ser o destino. Diante disso, terei que tomar uma cerveja por dia. Com essa constatação, inauguro o quadro nesse blog chamado "A cerveja de hoje".
A cerveja de hoje
A cerveja de hoje foi uma chamada Brooklyn Brewery, uma cerveja artesanal americana do tipo Lager, bem encorpada e forte, ideal para um dia frio como o de hoje. Um pint custou £5 e valeu a pena.
Bom galera, com o início das aulas não vou ficar aqui contando como foi a parte da manhã do meu dia de estudos ou o que comi no "recreio". Acho que essa parte não interessa a vocês e é meio repetitiva: aula, inglês, conversation, gramática, etc.
Da escola só vou falar uma coisa que tinha esquecido de falar no post anterior: Quase não há brasileiros na escola até agora. Só vi duas meninas brasileiras e que ficaram em classes diferentes da minha, o que é muito bom, pois não tenho a intenção de me misturar com essa gente...rsrs. Ahhh, a mulher que vende coisas na cafeteria da escola também é brasileira.
Saindo da aula resolvi visitar a Tower Bridge. A região às margens do Rio Tâmisa é para mim a parte mais bonita de Londres, vale muito a pena conhecer. E a Tower Bridge é um espetáculo a parte.
Foi lá que eu tirei as melhores fotos até agora e como não tenho muito pra falar hoje, vou mostrar:
Atravessando a Tower Bridge existe um castelo conhecido como The Tower of London que é incrível. Além de ser gigante é muito bonito e tem uma história impressionante pois já serviu de moradia real, de prisão, de zoológico e atualmente guarda as jóias da coroa. Mais detalhes nesse link.
Infelizmente não pude entrar pois o período de visitação ja havia sido encerrado, mas consegui fotografar a parte de fora:
O contraste entre a modernidade (Underground)
e a história (castelo ao fundo)
O curso normalmente se inicia as 9:30, mas, hoje, por ser o primeiro dia, precisava chegar mais cedo para poder fazer o teste que me enquadraria no nível de inglês adequado.
Saí de casa as 7:45 por precaução e cheguei na escola por volta das 8:40 (quase 1 hora no horário de pico). Chegando na escola, me deram um teste pra fazer que consistia em 60 testes do tipo "fill in the blanks" e um "writining" de 1 parágrafo pra falar o porquê de ter escolhido a Shane Global. Achei o teste bem simples, e, de verdade, eu acho que não avalia o quanto um aluno sabe ou não da língua, mas, sei lá.
Depois do teste, o coordenador acadêmico da escola veio fazer um breve entrevista com cada um dos novos alunos. Falou comigo por cerca de 3 minutos perguntando o que eu fazia no Brasil, quanto tempo ficaria em Londres, a quanto tempo estudo inglês, essas coisas que ja temos a resposta na ponta da língua.
Muito bem, após isso, fui classificado numa sala do nível upper intermediate, o que me surpreendeu bastante. De verdade, achei que ficaria no low intermediate ou no próprio intermediate, mas o fato de terem me colocado no upper me motivou bastante. Aliás, o upper intermediate é exatamente o grau que parei no Cel-lep, o que demonstra o quão boa é esta escola aí no Brasil.
Depois de ser classificado, o coordenador acadêmico me explicou que o meu horário regular será o seguinte: das 9:30 a.m. as 12:30 p.m. (General English) e das 2:20 as 5:30 p.m (aula de conversação e de escrita) (bem pesado!!!) de segunda a sexta-feira. Ele explicou que por causa da escola estar vazia essa semana ele não teria turma para mim no período da tarde e barganhou comigo o seguinte: Essa semana eu faço o horário das 9:30 a.m as 1:30 p.m. e ele me dá 5 aulas head to head. Achei um bom negócio e topei. Semana que vem vou para o horário regular até as 5:30p.m.
Terminada a conversa com o coordenador acadêmico fui para a sala de aula ter a aula da manhã. Na sala só tinha eu, uma chinesa e o professor. Ele me explicou que essa semana a escola esta bem vazia, mas que a partir da semana que vem ja teremos de 5 a 6 alunos na sala de aula. O transcorrer da aula foi bem boa, o professor é nativo, fala devagar e tem as manhas de ensinar, gostei.
Na aula da tarde, troquei de sala e de professor. O professor de conversação é uma bichona e pra piorar não explica tão bem, vamos ver como isso irá transcorrer. Na aula de conversação eramos em 7 alunos na sala.
Em suma, esse foi o primeiro dia de aula.
Depois da escola aproveitei pra visitar a Abbey Road que é uma Rua famosa aqui em Londres que deu nome a um álbum dos Beatles. Todos conhecem a Avenida pela tradicional foto do álbum:
A faixa de pedestres continua lá como vocês podem ver na foto abaixo, mas o Beatles ja terminaram de atravessar a rua e não os encontrei.
Depois disso, dei uma passada no Tate Britain que é um museu de arte moderno bem famoso aqui em Londres. Fiquei um pouquinho lá, vendo arte que não entendo e vazei.
Na saída do Tate, peguei um barco pelo Tamisa que me levou até um outro ponto da cidade. Isso é muito legal. O transporte aqui é tão bom, que você usa tudo de forma integrada: ônibus, metrô, trem, bicicleta e até barco.
Pessoal, o passeio hoje foi realmente espetacular.
Conheci um lugar muito bacana aqui em Londres chamado Camden Town. Até agora, é o lugar mais legal que eu ja fui aqui. É totalmente alternativo, repleto de pessoas de todas as partes do mundo, vestidas cada qual de seu jeito. Tem punks, emos, discos, e tudo mais que vcs possam imaginar.
É difícil explicar o que é o bairro de Camden Town. Imaginem a região da 25 de março, sem os ambulantes, mas com vários mercados do tipo galeria pajé, só que todos térreos. Ao invés dos eletrônicos, imaginem lojas de todos os gêneros (roupas, calçados, coisas para a casa), enfim, é como se fosse um shopping bem antigo, a céu aberto, na região da 25 de março, com gente de todo o tipo.
A primeira vista vai parecer: Nossa que merda! Mas não é. É muito show!
Como acho bem difícil explicar em palavras o que é o Camden Town, seguem algumas fotos para ajudar:
Dentro de um dos vários mercados que existem em Camden Town existe um lugar muito alternativo chamado Ciberdog. Esse lugar é do cacete e tem um monte de coisas cyber pra vender, roupas alternativas, uma música bem alta tocando e gente de todo tipo. Muito show!
Quem me levou a esse lugar, foi o Sebastiano, o italiano que divide a casa dos Harper comigo. Foi muito legal porque, além do italiano ser supre gente boa, falamos inglês o dia inteiro. E foi muito bom porque ele tem um inglês melhor do que o meu e pode me corrigir quando eu falei algo errado. Enfim, do ponto de vista do inglês, o dia foi muito produtivo.
Sebastiano
Depois de conhecer Camden Town fomos almoçar e eu experimentei uma comida mexicana que estava bem boa, mas está me ardendo até agora.
Depois disso, como não poderia deixar de ser, terminamos a tarde num PUB:
E foi isso. Um dia bem proveitoso passado num lugar bem legal que, para quem não conhece, vale a pena conhecer.
Amanhã começam minhas aulas e vamos ver como o inglês se desenvolve.
Comecei o dia tarde hoje, fiquei enrolando em casa e só fui pra rua ao meio dia. Dentro daquele esquema de passeios baratos ou gratuitos, resolvi ir à National Gallery.
A National Gallery é mais ou menos como a Pinacoteca em São Paulo, um lugar que vc sabe que é importantíssimo porque guarda as mais importantes obras de grandes artistas, mas que, no Brasil, poucas pessoas gostam.
Aqui é diferente, o europeu é aficionado por obras de artes e eles realmente curtem essas coisas. O lugar estava realmente cheio.
Pra visitar a coleção definitiva da National Gallery vc não paga nada. Se quiser, pode comprar por £3,5 o audio que explica qual é que é dos quadros que vc vê. Como preciso aproveitar todo o inglês que estiver disponível, comprei o raio do audio que é um tipo de um ipod que eles te emprestam e que de acordo com o numero do quadro ele te diz detalhes da pintura e do artista.
É incrível como você fica encantado com os quadros mesmo não entendendo patavinas de arte, como é o meu caso. Pena que lá dentro não se pode fotografar.
Quando saí da pinacoteca com grife, tinha uma galera lá fora fazendo um auê. Eram tipo uns estudantes da USP (só que mais velhos) que estavam protestando contra alguma coisa, o tema da vez era a prisão de Guantánamo Achei bem legal, vejam as fotos:
Os de laranja são os protestantes fantasiados de prisioneiros
Saindo de lá, caminhei até a beira do Rio Tamisa pra visitar o símbolo mais famoso de Londres:
O Big Ben é bem legal. Ele fica numa área bem grande e colado no Parlamento Britânico da foto abaixo:
Depois de passear pela área do Big Ben e do Parlamento, resolvi que percorreria o Rio Tamisa pela margem, só que isso levaria muito tempo e logo anoiteceria, o que atrapalha o passeio e, principalmente, as fotos. Resolvi, então, tentar um meio mais rápido de transporte.
Em Londres, existe uma parceria entre a prefeitura e o Banco Barclays que disponibiliza por toda a cidade milhares de bicicletas para quem quiser alugar. É bem simples e rápido, vc pega seu cartão de crédito, enfia na máquina de alugar bike e pronto. Os 30 minutos inciais são grátis e a primeira hora custa £1. Depois é só devolver no mesmo lugar:
As bikes esperando para ser alugadas
De posse da bike, fui pedalar às margens do Rio Tamisa, o que foi bem legal porque, além do exercício, foi possível ver algumas paisagens que eu demoraria bem mais tempo pra ver:
Eu e a Bike
Depois disso tudo, voltei pra casa onde o Doug tinha feito hambúrgueres de janta.